Praia Grande da Baía do Sol

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"Quem está distante sempre nos causa maior impressão" "Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco." "Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso." Charles Spencer Chaplin


A Rio+20 nos mostrou que os líderes políticos não estão comprometidos verdadeiramente com um planeta mais verde e limpo, assim como nós estamos. Sabíamos que nosso futuro não poderia ser decidido em 3 dias de Conferência, mas devemos cobrar ações concretas e duradouras dos nossos governantes.


Hora Certa em Mosqueiro

domingo, 30 de setembro de 2012

CAMPANHA POLÍTICA AGITOU MOSQUEIRO NO ÚLTIMO DOMINGO, DIA 30/09/12

Partidos políticos reuniram eleitores e promoveram campanha em mosqueiro.
Em todas as ruas, em todos os bairros, nas praças, nas orlas das praias, o domingo foi da política na ilha.
Não faltaram bandeiras, santinhos, caravana e passeios.
Mosqueiro decide seu voto e confirma presença nas urnas.

Trevo de Mosqueiro

Praça do Chapéu Virado
Praça Matriz
Av. 16 de Novembro (rua das mangueiras)



Trevo do chapéu virado

Equipe do Comitê do Zenaldo


Bandeirada para Zenaldo agitou mosqueiro




Solitários na estrada
Nos muros...
nas ruas...
nas residências...
no pedal...
nas alturas.
a movimentação foi completa
nas ruas da Ilha do Mosqueiro
Profª Fátima no embalo
Agitação toma conta das ruas



Imagens:
JCSOliveira
JCSOliveira_uema@hotmail.com
http://mosqueirense.blogspot.com

sábado, 22 de setembro de 2012

TROMBADINHAS ATUAM NAS RUAS BELÉM

Trombadinhas caminham soltos no Centro de Belém,
fazem tudo o que querem e não são presos
pois são considerados "crianças".

 
  O menor roubou um cordão
na Pres Vargas e foi negociar 
na Praça Waldemar Henrique.
Imagem: 22/09/12 - 12h45
 
 Estes menores roubaram a vítima
na Av. Pres. Vargas e fogem pela
Rua Gaspar Viana, no Centro.
Imagem: 22/09/12 - 12h38


Prezados seguidores deste blog

Belém, a nossa cidade, já não é mais a mesma, dia e noite estamos sendo vítimas de trombadinhas que atuam na área do Centro comercial, roubando cordões de ouro, celulares, bolsas, carteiras porta-cédulas e outros tipos de pertences pessoais. Os trombadinhas atuam principalmente nas praças e nas paradas de coletivos, entre elas a praça Waldemar Henrique e na Av. presidente Vargas, às proximidades do Banco do Brasil e da loja C&A. 
Os delinquentes mirins andam em grupo, de no mínimo três elementos, um deles acompanha a vítima, enquanto caminha, e os demais seguem à distância, dando segurança à ação do roubo. Feito isso, correm para locais que consideram seguros e monotonos não oferecendo condições à vítima de reaver o roubo.  

As leis obsoletas do Brasil "protegem" o menor, essa proteção não têm nada à ver em cuidar deles ou dar-lhes uma educação de alto nível.
A tal "proteção" é deixar o menor fazer tudo o que ele quiser, inclusive matar, roubar, estuprar, esquartejar, torturar e etc, e não podem ser presos pois são considerados "crianças" ou seja, eles "não sabem" que matar e roubar é errado.
E com essa "proteção" que as leis garantem à eles, podemos ficar "tranquilos" quanto ao futuro da nação.

Ao abordarem a vítima e roubarem seus pertences, muitas das vezes,  são extremamente violentos, e cientes de que ninguém pode por a mão neles (dar uma surra), eles se tornam ousados, se sentem intocáveis (na verdade são mesmo).

Experimente colocar um revólver na mão deles pra ver o que "rola", eles só não andam armados talvez pelo pequeno retorno desses furtos, ou pela falta de alguém que libere um "cano" (arma) na mão deles. E, certamente, se conseguirem, essas crianças vão fazer muitas vítimas fatais antes de serem presos (por maioridade) ou mortos pela PM.

 Precisamos agir, enquanto nos resta resta essa possibilidade.
Precisamos de policiamento nessas áreas.


“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e o adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão” (C.F, 1988:137)

“Toda adolescência, além da característica individual, as características do meio cultural, social e histórico deste se manifesta, e o mundo que vivemos nos exige mais do que nunca a busca pelo exercício da liberdade sem recorrer a violência para restringi-la” (ABERAUSTURY, 1981:22).

Complemente a leitura, visitando os sites, abaixo:
 
http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/liberdade_assistida_e_cidadania.pdf

http://pos-sociologia.cienciassociais.ufg.br/uploads/109/original_Neves.pdf

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Dia da árvore: temos o que comemorar?

Dia da árvore: temos o que comemorar?

 21 de setembro de 2012

Conversando com os alunos das escolas Helena Guilhon e Dilma Catete sobre florestas urbanas, percebi que nesse dia da árvore os moradores de Belém não tem muito o que comemorar. 

O IBGE revelou que Belém é cada vez menos arborizada. Em plena Amazônia, detemos o título de cidade com o pior índice de arborização do País (24,4%), enquanto Goiânia chega a quase 90% de domicílios com arborização nas quadras e entorno.

De 1986 a 2006, segundo dados do IMAZON, deixamos que o processo irracional de desenvolvimento urbano nos privasse de 219 km² de nossas florestas remanescentes na Região Metropolitana de Belém (RMB). Foi como permitir o desmatamento da ilha do Mosqueiro como um todo. No período entre 2001 e 2006 perdemos silenciosamente o equivalente à área de 27 Bosques Rodrigues Alves por ano. Infelizmente o IMAZON não atualizou os dados sobre o desmatamento em Belém, mas a situação não deve ter melhorado. 

Pesquisa recente do IBGE revelou que a RMB concentra na atualidade uma proporção assustadora de 89% de sua população, ou absurdos 1.131.268 pessoas, vivendo em áreas de ocupação desordenada. É a maior proporção de pessoas em favelas entre todas as regiões metropolitanas do País, um desafio à criatividade humana para tentar colocar árvores nesses locais. 

De forma absurda as autoridades locais, insensíveis ao problema, favorecem ainda o processo de especulação imobiliária liberando criminosamente áreas antes protegidas pelo Plano Diretor Urbano, como no caso da floresta da orla do rio maguari, para a construção de condomínios fechados, além do anuncio irresponsável de obras, como a ponte ligando a ilha de Caratateua ao Mosqueiro, sem antecipar medidas de proteção das florestas remanescentes.

Esse quadro de desordem urbana e miopia política parece desanimador, mas ao ver o entusiamo daqueles jovens com a cabeça cheia de idéias transformadoras, renovei minha esperança de que, com a participação da sociedade e o aperfeiçoamento de nossas instituições políticas, podemos construir uma nova civilização tropical que veja em suas florestas e em sua diversidade um motor para o seu desenvolvimento e para a promoção da qualidade de vida, não um empecilho. Nesse momento eleitoral, não deixe de pensar nisso antes de votar.
Por uma Belém Ecópole da Amazônia. Crendo no futuro: Feliz dia da árvore! 

Bembelelém 
Viva Belém!
... ... ... 
Cidade pomar

Manoel Bandeira

sábado, 15 de setembro de 2012

CHEGA AO FIM O MONUMENTO EM HOMENAGEM À MAGALHÃES BARATA








 Prezados seguidores deste blog,



Com muita tristeza divulgo as resportagens seguintes, publicadas através do jornal Amazônia dias 11 e 15 do corrente, e Diário do Pará, edição de 23/08/12, ambas trazendo como conteúdo a invasão do monumento que guarda os restos mortais de um personagem que fez parte da história do Estado do Pará: governador Magalhães Barata. 

O conteúdo deste meu trabalho, serve para voltar a alertar a sociedade para os problemas que estão passando nossos monumentos públicos. Tenho afirmado que o descaso e o abandono, por parte das nossas autoridades, tem permitido que os monumentos sejam depredados, placas e letras de bronze sejam arrancadas e bustos de bronze estejam sendo danificados e furtados, por interesse no derretimento e construçao de novas peças ou para atender interesse de colecionadores dessas raridades, as quais fazem parte da nossa história e do nosso Patrimônio Histórico. E por isso, precisam de segurança.

O que aconteceu com o monumento é apenas um entre tantos outros casos que estão sendo registrados em nossa cidade, principalmente nas praças públicas.

José Carlos Oliveira
JCSOliveira_uema@hotmail.com
imagens do autor


"Chapéu do Barata"


                                                          homenagem ao ex-governador


 
 Imagens da Praça da Leitura





 

Recolhidos restos de Barata
 Edição de 15/09/2012

Ossos do ex-governador do estado do Pará foram realojados em urna funerária, no memorial, em São Brás
O Memorial de Magalhães Barata, no bairro São Brás, foi limpo na última quinta-feira, 13. Os restos mortais do ex-governador do Pará foram recolhidos e postos novamente na urna funerária. A Secretaria Municipal de Gestão e Planejamento (Segep) providenciou, ainda, um caixão novo para os restos mortais. O órgão avalia dar outro tipo de finalidade ao monumento.
Uma equipe do cemitério municipal Santa Izabel foi a responsável por guardar os ossos e separá-los do lixo que estava no local. O destino desse material depende, agora, da família de Barata.
Se os descendentes do político optarem por tirar a ossada dali, ela poderá ser levada para o mausoléu da família, no cemitério do bairro Guamá. Nesse caso, a Segep reformará o espaço para que ele seja usado com outro fim. "Não sabemos como vamos fazer, se o locai vai continuar como um Memorial de homenagem à autoridade. Primeiro, esperamos o resultado da perícia para fazer a limpeza e, agora, precisamos ouvir a família. Depois disso, vamos fazer o projeto de revitalização, contratar a empresa e executar as obras. Tudo está sendo feito por etapas", reforça o diretor-geral da Segep, Herbert Almeida.
O espaço foi invadido e vandalizado no último mês. O túmulo de Barata, que foi governador do Pará entre 1943 e 1945 e entre 1956 e 1959, foi violado e os ossos folham espalhados pelo salão. O suspeito está preso e vai responder na Justiça por dano simples. Após 20 dias do ocorrido, o Memorial continuava sem receber manutenção até que, esta semana, o fato foi denunciado na imprensa.
Praça - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) se manifestou ontem, 14, a respeito da praça Princesa Isabel, no bairro Condor. Totalmente abandonada, reduto de ladrões e invadida por uma família sem-teto, o órgão garante que o espaço será revitalizado no ano que vem.
A previsão é que seja instalada, no local, uma academia ao ar livre. O paisagismo deve ser reelaborado, a praça vai receber novas lixeiras e os equipamentos de lazer do playground serão trocados. Ainda não há orçamento fechado para a execução do projeto. A Semma garantiu, ainda, que realiza a manutenção da praça periodicamente.
Fonte: Amazônia Jornal
 http://www.orm.com.br/amazoniajornal/interna/default.asp?modulo=222&codigo=609170
Caderno: Cidades - Edição:ANO XII - Nº 4.516

História jogada às traças

Edição de 11/09/2012
 





Violado há 20 dias, memorial magalhães barata, na praça da leitura, sofre com abandono das autoridades
O acúmulo de lixo, a presença de moradores de rua e as árvores mal cuidadas. Esta é a realidade da praça da Leitura, no bairro São Brás. Um reflexo do descaso é a precariedade do Memorial de Magalhães Barata, situado no local. Violado há quase 20 dias, o caixão e também os ossos do ex-governador do Pará sequer foram removidos do espaço. Os restos mortais da autoridade continuam espalhados pelo chão.

O local construído para homenagear a figura histórica está com o teto quebrado. A água da chuva se mistura com os dejetos jogados na parte interior do museu, a exemplo de uma lixeira da prefeitura, molduras de quadros e, ainda, lixo orgânico produzido pelos moradores de rua, como restos de comida e embalagens de alimentos. No final de agosto, as portas do monumento foram arrombadas. O invasor violou o caixão do ex-governador e espalhou os ossos pelo salão. O crânio está desaparecido.
A Polícia Militar do Pará (PM/PA) possui uma guarnição na praça da Leitura, mas os representantes argumentaram, na ocasião, que o patrimônio público municipal deve ser preservado pela Guarda Municipal de Belém (GMB). A corporação, por sua vez, afirmou que não tinha efetivo o suficiente para patrulhar a área em regime permanente.
O diretor-geral da Secretaria Municipal de Coordenação Geral de Planejamento e Gestão (Segep), pasta responsável pela manutenção do Memorial, Herbert Almeida, afirma que o tapume para impedir a entrada de pessoas já foi providenciado. "Vamos isolar a área para começar uma revitalização", disse, sem precisar o que será feito. "Nós aguardamos o laudo da perícia para mensurar os estragos para, depois, avaliar o que podemos fazer", garantiu, sem estipular prazos para a remoção dos restos mortais do antigo interventor.
História - Edyr Augusto Proença, autor da peça "Barata, pega na chinela e mata", que aborda a trajetória do político e é encenada no Teatro Cuíra, comentou a falta de limpeza do local após a denúncia de depredação. "Isto é uma violência contra a história do Estado praticada pela sua própria administração. Demonstra que o legado e a representatividade de Magalhães Barata são vistos como algo banal por uma parcela da sociedade", declarou o escritor.
O Memorial foi inaugurado em 1989 no governo de Hélio Gueiros. O "Chapéu do Barata", como é conhecido, foi inspirado no acessório que se tornou marca registrada do político. Barata foi interventor federal no Pará entre os anos de 1930 a 1935 e governador do Estado em dois mandatos, de 1943 a 1945 e, ainda, de 1956 a 1959. Quando morreu, estava no exercício do cargo. O interventor é lembrado por promover reuniões com a comunidade no Palácio do Governo, na qual ouvia queixas e demandas do povo.
Abandono - A situação de abandono não é diferente na praça da Leitura, que abriga o Memorial. Na opinião da comerciante Regina Léa, 54 anos, a falta de corte nas árvores precisa ser reparada de imediato pela administração local. "As praças devem ser lugares agradáveis, de contato com o meio ambiente. Mas, do jeito que está hoje, só os moradores de rua ficam aqui e também os passageiros do Terminal", lamentou a senhora.
A feirante Maria do Socorro Andrade Oliveira, 61, reclama do lixo. "Não podemos dizer que tem montanhas de lixos, a culpa é mais das pessoas que jogam. Mas ele vai acumulando. Se estivesse, realmente, limpo, acho que as pessoas teriam vergonha de sujar", opinou. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) comunicou, por meio da assessoria de imprensa, que fará uma ação de paisagismo no local ainda esta semana.

Fonte: Amazônia Jornal
 http://www.orm.com.br/amazoniajornal/interna/default.asp?modulo=222&codigo=609170
Caderno: Cidades - Edição:ANO XII - Nº 4.516



Chapéu do Barata foi arrombado em São Brás

Quinta-Feira, 23/08/2012, 03:18:29 - Atualizado em 23/08/2012, 04:13:40
Chapéu do Barata foi arrombado em São Brás (Foto: Daniel Pinto)
(Foto: Daniel Pinto)
Inaugurado em 1989 pelo então governador Hélio Gueiros como uma homenagem a um dos políticos mais notórios da história política do estado, o memorial Magalhães Barata, o famoso “Chapéu do Barata”, amanheceu depredado ontem. O local foi arrombado e teve uma porta de vidro quebrada. O invasor violou a tumba do ex-governador, abriu o caixão e espalhou os restos mortais pelo salão.
Uma equipe da guarda municipal que fazia a ronda na praça por volta das nove horas da manhã percebeu o arrombamento e prendeu o invasor, que foi conduzido à seccional de São Brás onde foi autuado.
Situado ao lado de um posto móvel da Polícia Militar, o monumento turístico foi arrombado sem que ninguém percebesse. O Cabo Elias Flávio, que cumpria plantão no posto, afirmou que outra guarnição trabalhava no turno em que ocorreu o ataque e por isso não sabia informar se eles tomaram conhecimento da invasão. Ele afirma, que a responsabilidade de proteger o prédio não é da Polícia Militar, mas sim da Guarda Municipal. O subcomandante Daílton, chefe das equipes de ronda da GBel, confirmou que o posto da praça foi extinto por falta de efetivo. Mas que a responsabilidade de proteção do memorial é da Secretaria Municipal de Coordenação Geral de Planejamento e Gestão - Segep. “A Segep não tem responsabilidade sobre a segurança da praça, essa é incumbência da GBel” afirmou a assessoria da Segep.
(Diário do Pará)
Fonte:  http://www.diarioonline.com.br/noticia-216175-chapeu-do-barata-foi-arrombado-em-sao-bras.html




quinta-feira, 13 de setembro de 2012

PRAÇA FREI CAETANO BRANDÃO

Praça Frei Caetano Brandão

Há algum tempo já escrevi sobre a Praça Frei Caetano Brandão, mas sob a perspectiva deste sítio como foco da modernidade, expressa na experiência de Júlio Cezar Ribeiro de Souza e sua tentativa de colocar no ar seu "balão extravagante". Mas devia um outro texto, sobre o sítio em si. Este que publico abaixo já tem uns anos, mas falo das permanências deste espaço e me sinto obrigada a publicá-lo, antes que algum aventureiro lance mão da autoria...

"A atual Praça Frei Caetano Brandão pode ser considerada como pólo irradiador daquilo que, passados os séculos, podemos chamar de cidade de Belém. Surgida como variável dependente e contextual dos fatores históricos, sociais e políticos, o sítio que hoje, assim como no passado, chamamos de Largo da Sé foi o primeiro território, por assim dizer, conquistado pela cidade nascente fora dos muros do forte que lhe deu origem. Se considerarmos que a colonização portuguesa da Amazônia se fez a partir do primitivo Forte do Presépio, instalado em 12 de janeiro de 1616, temos o atual sítio como dos mais relevantes para a história urbana do norte do Brasil, como primeiro marco do que poderia ser chamado de cidade (do latim civitas = civilização).
Belém surge a despeito do paradigma genético das cidades, onde as funções econômicas e de fluxos se entrelaçam. A ideia de uma cidade aqui surge antes da estrutura para sua sobrevivência, visando ser, de fato, a porta de defesa e colonização da Amazônia. As trocas se estabelecem a partir do sistema simbólico dos poderes que se instalam: a Coroa, com a presença militar e administrativa, e a Igreja, expressa nas várias ordens que colonizam o território nascente com seus conventos e templos e, especialmente, com o embrião da Igreja Matriz: a capela de Nossa Senhora das Graças. O Largo reflete essas tensões.
A necessidade de expansão fez com que surgissem as primeiras ruas e, no seu correr, as primeiras casas. Como seria de se esperar, a tradição colonial portuguesa imperou na ordenação urbana da cidade de Belém em seus primeiros tempos. As ruas irregulares, seguindo a topografia da cidade, foram se desenvolvendo a partir do Forte do Castelo, já nos primeiros anos, ligando o largo a pontos importantes de definição da Cidade, como igrejas e outros prédios relevantes. Estas primeiras ruas surgiram paralelas à orla, referência geográfica, em direção ao interior, partindo do grande largo que surgia a frente da fortaleza, ladeada pelas igrejas, que tinha a função de praça d’armas à época. O casario que surge passa a ser conhecido como Feliz Lusitânia. A primeira rua assim definida, a Rua do Norte (atual Rua Siqueira Mendes) surge como via de acesso à morada do Capitão-Mor Bento Maciel parente, na atual Praça do Carmo, onde em 1626 já se instalara o convento carmelita. Outras vias seguiram o mesmo rumo, como a Rua do Espírito Santo (atual Rua Doutor Assis) e Rua dos Cavaleiros (atual Rua Doutor Malcher).
É na área correspondente ao antigo Largo da Sé é que os Jesuítas optam por erigir uma de suas mais representativas obras arquitetônicas no território da colônia portuguesa: A Igreja de São Francisco Xavier e o Colégio de Santo Alexandre, na transição entre os séculos XVII e XVIII. Foi em torno do largo que surgiram alguns dos referenciais arquitetônicos da cidade: a primeira edificação de dois pavimentos, construída nas imediações da antiga Capela de Santo Cristo, teve o início de sua construção datada da primeira metade do século XVIII, recebendo adaptações a partir de 1765, sob orientação de Giuseppe Antônio Landi. Conhecida hoje como Casa das Onze Janelas, foi erguida para residência de Domingos da Costa Bacelar e, nos idos coloniais, serviu de moradia aos governadores e capitães gerais do Grão Pará. Posteriormente abrigou o Antigo Hospital Real Militar, tendo sido ainda Quartel da 5ª Companhia de Guardas do Exército.
Ainda temos como testemunho alguns dos sobrados azulejados que resistiram à ação do tempo em perfeito estado de conservação. Assim como a sede do centenário Clube do Remo, que surgiu com suas regatas à beira da Baía do Guajará, mantém sua sede náutica na Praça Frei Caetano Brandão. Grandes empresas comerciais e empreendimentos industriais também se estabeleceram no entorno e se tornaram referenciais, como a loja Bechara Mattar, a Casa Círio, a fábrica da família Bittar, entre outras.
Nos últimos anos o entorno da Praça Frei Caetano Brandão vem sofrendo alterações que, se por um lado lhe garantem uma nova configuração paisagística, com a interligação da Praça com a orla do Rio Guamá/Baía do Guajará, também descaracterizam o aspecto do antigo Largo da Sé. O sítio hoje denominado Praça Frei Caetano Brandão já foi palco de muitos fatos memoráveis e dramáticos da história paraense.
O espaço que durante séculos, assim como a própria cidade, foi crescendo por conseqüência e se configurando em estratos de tempos, mantém em suas pedras a energia que as edificou. Assim como comporta muitas homenagens, tais como: O monumento erigido a Dom Frei Caetano Brandão é um dos mais importantes marcos do tempo na cidade de Belém. Através dele podemos ler, não só a obra do artista escultor e o momento histórico da homenagem, mas também a força do que representam.
Inaugurado em 15 de agosto de 1900, foi concebido pelo escultor italiano Domenico de Angelis, a partir de desenho de G. Tognetti, e executado por seu patrício Enrico Quattrini, sendo entregue à cidade pelo parceiro artístico Giovani Capranesi que concluiu a obra após falecimento de De Angelis. A Resolução nº. 54 de 1899, aprovada pelo Conselho Municipal, que autorizou o Intendente de Belém a mandar erigir o referido monumento em homenagem ao Frei Caetano Brandão (11/09/1740 – 15/12/1805), 4º Bispo do Pará.
Ele vem representado em trajes solenes de sua função episcopal no centro da Praça, adornado de mitra, báculo e capa magna, recamada de adornos em alto relevo. Encontra-se em pé, com o braço direito estendido em direção à Catedral, em atitude de quem abençoa seu rebanho. Porém ele se encontra em posição medianeira entre a casa episcopal, no antigo colégio jesuítico, e a Igreja Matriz; sua localização o coloca como que apresentando aquela que, mais que as funções eclesiásticas, foram a sua maior obra: a inauguração do Hospital da Santa Casa de Misericórdia, em 25 de julho de 1787, no edifício atualmente conhecido como Casa das Onze Janelas. Foi angariando esmolas para a construção de um hospital de atendimento à população desfavorecida, que fundou a Confraria da Caridade e o Hospital do Bom Jesus dos Pobres, que veio a dar origem à Santa Casa de Misericórdia. 
Ao inaugurar o monumento a Dom Frei Caetano Brandão, o então Intendente Antônio José de Lemos nomeia o antigo Largo da Sé como Praça Frei Caetano Brandão, fazendo, desta forma, a transição simbólica da velha Cidade colonial dos largos à moderna Belém do rico período da borracha, com suas belas praças e boulevares."
 
Postado no blog:
 http://marcosdotempo.blogspot.com.br/