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"Quem está distante sempre nos causa maior impressão" "Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco." "Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso." Charles Spencer Chaplin


A Rio+20 nos mostrou que os líderes políticos não estão comprometidos verdadeiramente com um planeta mais verde e limpo, assim como nós estamos. Sabíamos que nosso futuro não poderia ser decidido em 3 dias de Conferência, mas devemos cobrar ações concretas e duradouras dos nossos governantes.


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terça-feira, 24 de março de 2015

LEMBRANDO MILTON MONTE E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A HISTÓRIA DE MOSQUEIRO


LEMBRANDO MILTON MONTE E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A HISTÓRIA DE MOSQUEIRO
Engenheiro civil há 55 anos, arquiteto há 41. Milton Monte é apaixonado pela função de professor, a qual exerceu durante 48, dos seus 80 anos de vida. Devotíssimo de Nossa Senhora de Nazaré dedicou sua vida em obras sociais. Participou 16 anos da Diretoria da Festa do Círio. Esse acreano que veio para Belém com 10 anos de idade é tímido e humilde. Seus projetos arquitetônicos são reconhecidos internacionalmente, inclusive os que realizou com muito amor à sua paróquia, como o Centro Social de Nazaré. Sua marca é desenvolver obras ligadas a região amazônica. Homenageado este mês na 7º Bienal Internacional de Arquitetura, em São Paulo, leva consigo o amor ao Pará e suas renomadas obras, o complexo da Cúria Metropolitana e Fundação Nazaré de Comunicação, o clube Assembléia Paraense, o antigo Itarpace Clube, a Residência do casal Elias e Eloísa Calumi, que foi 1º lugar no salão de arquitetura do Pará, entre outros. Na Bienal são 20 expositores, dentre eles, 10 brasileiros e 10 estrangeiros. Milton se orgulha em divulgar nos seus estudos de pesquisa e produção a cultura amazônica e ser reconhecido.

O conceituado arquiteto e urbanista e engenheiro civil Milton Monte, professor aposentado da Universidade Federal do Pará, faleceu na madrugada desta sexta-feira, 24/08, aos 84 anos.
Monte é reconhecido internacionalmente por projetos voltados para a arquitetura tropical, inspirados nas casas indígenas e tendo como matéria-prima elementos da área amazônica. Inspirado no ambiente rudimentar, criou o beiral quebrado, possibilitando apreciar um dia de chuva com as janelas abertas, uma de suas maiores criações.

Além disso, foi um dos primeiros arquitetos e urbanistas da região a se preocupar com o quesito sustentabilidade, considerando nos seus projetos recursos naturais, tais como a luz, os ventos, a chuva, a sombra e a temperatura ambiente. O arquiteto utilizava em seus monumentos elementos como palha, cipós, cascas do tronco das palmeiras, cerâmica vermelha e madeira.
Considerado o criador do estilo amazônico, Milton Monte aliava a preocupação em construir ambientes adequados para os moldes da época bem como adequando-os às necessidades dos paraenses. “O mestre Monte, como o chamávamos, ajudou a formar várias gerações de arquitetos e urbanistas na nossa região e influenciou muito a Arquitetura e Urbanismo local, nacional e mundial”, destacou o presidente do CAU/PA, Adolfo Maia.

Além de seu bom humor e sua jovialidade, Milton Monte é lembrado também pelo seu pioneirismo em diversos conceitos, como o de sustentabilidade e o de conforto ambiental. A professora Celma Vidal, da Faculdade de Arquitetura, afirma que ele foi o primeiro a pensar a arquitetura de forma a valorizar os atributos locais por meio de projetos funcionais que privilegiavam a iluminação e a ventilação naturais. “Sem dúvida, fica uma grande herança, pois foi por meio dele que nossos alunos conheceram essa arquitetura com viés regional”, disse.

Milton Monte é considerado o criador do estilo amazônico de construir ambientes modernos e adequados ao clima da região. Muitas foram as obras de sua autoria que despertaram admiração. O projeto do Interpass Clube, em Mosqueiro, por exemplo, cuja edificação faz alusão à forma de um pássaro às margens de um rio, foi o mais festejado no Brasil e no exterior, tendo recebido, com ele, inúmeros prêmios em Salões de Arquitetura e participado de bienais internacionais e de exposições em Museus de Arquitetura na Europa. A capela do Ariramba, em Mosqueiro, foi outra obra sua. Além disso, participou também da restauração da Igreja de Santo Alexandre e da Catedral da Sé.
Milton Monte deixa seu nome eternizado na história da arquitetura, em especial da amazônica. Continuará sendo uma referência e uma inspiração para todos os arquitetos, especialmente paraenses.
Fontes:
Mosqueiro Notícias 
Publicado por Jcsoliveira Carlos

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