Prezados seguidores deste blog,
Com muita tristeza divulgo as resportagens seguintes, publicadas através do jornal Amazônia dias 11 e 15 do corrente, e Diário do Pará, edição de 23/08/12, ambas trazendo como conteúdo a invasão do monumento que guarda os restos mortais de um personagem que fez parte da história do Estado do Pará: governador Magalhães Barata.
O conteúdo deste meu trabalho, serve para voltar a alertar a sociedade para os problemas que estão passando nossos monumentos públicos. Tenho afirmado que o descaso e o abandono, por parte das nossas autoridades, tem permitido que os monumentos sejam depredados, placas e letras de bronze sejam arrancadas e bustos de bronze estejam sendo danificados e furtados, por interesse no derretimento e construçao de novas peças ou para atender interesse de colecionadores dessas raridades, as quais fazem parte da nossa história e do nosso Patrimônio Histórico. E por isso, precisam de segurança.
O que aconteceu com o monumento é apenas um entre tantos outros casos que estão sendo registrados em nossa cidade, principalmente nas praças públicas.
José Carlos Oliveira
JCSOliveira_uema@hotmail.com
imagens do autor
Imagens da Praça da Leitura
Recolhidos restos de Barata
Edição de 15/09/2012
Ossos do ex-governador do estado do Pará foram realojados em urna funerária, no memorial, em São Brás
O Memorial
de Magalhães Barata, no bairro São Brás, foi limpo na última
quinta-feira, 13. Os restos mortais do ex-governador do Pará foram
recolhidos e postos novamente na urna funerária. A Secretaria Municipal
de Gestão e Planejamento (Segep) providenciou, ainda, um caixão novo
para os restos mortais. O órgão avalia dar outro tipo de finalidade ao
monumento.
Uma
equipe do cemitério municipal Santa Izabel foi a responsável por guardar
os ossos e separá-los do lixo que estava no local. O destino desse
material depende, agora, da família de Barata.
Se os
descendentes do político optarem por tirar a ossada dali, ela poderá
ser levada para o mausoléu da família, no cemitério do bairro Guamá.
Nesse caso, a Segep reformará o espaço para que ele seja usado com outro
fim. "Não sabemos como vamos fazer, se o locai vai continuar como um
Memorial de homenagem à autoridade. Primeiro, esperamos o resultado da
perícia para fazer a limpeza e, agora, precisamos ouvir a família.
Depois disso, vamos fazer o projeto de revitalização, contratar a
empresa e executar as obras. Tudo está sendo feito por etapas", reforça o
diretor-geral da Segep, Herbert Almeida.
O
espaço foi invadido e vandalizado no último mês. O túmulo de Barata, que
foi governador do Pará entre 1943 e 1945 e entre 1956 e 1959, foi
violado e os ossos folham espalhados pelo salão. O suspeito está preso e
vai responder na Justiça por dano simples. Após 20 dias do ocorrido, o
Memorial continuava sem receber manutenção até que, esta semana, o fato
foi denunciado na imprensa.
Praça - A
Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) se manifestou ontem, 14, a
respeito da praça Princesa Isabel, no bairro Condor. Totalmente
abandonada, reduto de ladrões e invadida por uma família sem-teto, o
órgão garante que o espaço será revitalizado no ano que vem.
A previsão é que seja
instalada, no local, uma academia ao ar livre. O paisagismo deve ser
reelaborado, a praça vai receber novas lixeiras e os equipamentos de
lazer do playground serão trocados. Ainda não há orçamento fechado para a
execução do projeto. A Semma garantiu, ainda, que realiza a manutenção
da praça periodicamente.Fonte: Amazônia Jornal
http://www.orm.com.br/amazoniajornal/interna/default.asp?modulo=222&codigo=609170
Caderno: Cidades - Edição:ANO XII - Nº 4.516
História jogada às traças
Edição de 11/09/2012 |
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Violado há 20 dias, memorial magalhães barata, na praça da leitura, sofre com abandono das autoridades
O acúmulo
de lixo, a presença de moradores de rua e as árvores mal cuidadas. Esta
é a realidade da praça da Leitura, no bairro São Brás. Um reflexo do
descaso é a precariedade do Memorial de Magalhães Barata, situado no
local. Violado há quase 20 dias, o caixão e também os ossos do
ex-governador do Pará sequer foram removidos do espaço. Os restos
mortais da autoridade continuam espalhados pelo chão.
O
local construído para homenagear a figura histórica está com o teto
quebrado. A água da chuva se mistura com os dejetos jogados na parte
interior do museu, a exemplo de uma lixeira da prefeitura, molduras de
quadros e, ainda, lixo orgânico produzido pelos moradores de rua, como
restos de comida e embalagens de alimentos. No final de agosto, as
portas do monumento foram arrombadas. O invasor violou o caixão do
ex-governador e espalhou os ossos pelo salão. O crânio está
desaparecido.
A
Polícia Militar do Pará (PM/PA) possui uma guarnição na praça da
Leitura, mas os representantes argumentaram, na ocasião, que o
patrimônio público municipal deve ser preservado pela Guarda Municipal
de Belém (GMB). A corporação, por sua vez, afirmou que não tinha efetivo
o suficiente para patrulhar a área em regime permanente.
O
diretor-geral da Secretaria Municipal de Coordenação Geral de
Planejamento e Gestão (Segep), pasta responsável pela manutenção do
Memorial, Herbert Almeida, afirma que o tapume para impedir a entrada de
pessoas já foi providenciado. "Vamos isolar a área para começar uma
revitalização", disse, sem precisar o que será feito. "Nós aguardamos o
laudo da perícia para mensurar os estragos para, depois, avaliar o que
podemos fazer", garantiu, sem estipular prazos para a remoção dos restos
mortais do antigo interventor.
História
- Edyr Augusto Proença, autor da peça "Barata, pega na chinela e mata",
que aborda a trajetória do político e é encenada no Teatro Cuíra,
comentou a falta de limpeza do local após a denúncia de depredação.
"Isto é uma violência contra a história do Estado praticada pela sua
própria administração. Demonstra que o legado e a representatividade de
Magalhães Barata são vistos como algo banal por uma parcela da
sociedade", declarou o escritor.
O
Memorial foi inaugurado em 1989 no governo de Hélio Gueiros. O "Chapéu
do Barata", como é conhecido, foi inspirado no acessório que se tornou
marca registrada do político. Barata foi interventor federal no Pará
entre os anos de 1930 a 1935 e governador do Estado em dois mandatos, de
1943 a 1945 e, ainda, de 1956 a 1959. Quando morreu, estava no
exercício do cargo. O interventor é lembrado por promover reuniões com a
comunidade no Palácio do Governo, na qual ouvia queixas e demandas do
povo.
Abandono
- A situação de abandono não é diferente na praça da Leitura, que
abriga o Memorial. Na opinião da comerciante Regina Léa, 54 anos, a
falta de corte nas árvores precisa ser reparada de imediato pela
administração local. "As praças devem ser lugares agradáveis, de contato
com o meio ambiente. Mas, do jeito que está hoje, só os moradores de
rua ficam aqui e também os passageiros do Terminal", lamentou a senhora.
A feirante Maria do
Socorro Andrade Oliveira, 61, reclama do lixo. "Não podemos dizer que
tem montanhas de lixos, a culpa é mais das pessoas que jogam. Mas ele
vai acumulando. Se estivesse, realmente, limpo, acho que as pessoas
teriam vergonha de sujar", opinou. A Secretaria Municipal de Meio
Ambiente (Semma) comunicou, por meio da assessoria de imprensa, que fará
uma ação de paisagismo no local ainda esta semana.
Fonte: Amazônia Jornal
http://www.orm.com.br/amazoniajornal/interna/default.asp?modulo=222&codigo=609170
Caderno: Cidades - Edição:ANO XII - Nº 4.516
Fonte: http://www.diarioonline.com.br/noticia-216175-chapeu-do-barata-foi-arrombado-em-sao-bras.html
http://www.orm.com.br/amazoniajornal/interna/default.asp?modulo=222&codigo=609170
Caderno: Cidades - Edição:ANO XII - Nº 4.516
Chapéu do Barata foi arrombado em São Brás
Quinta-Feira, 23/08/2012, 03:18:29 - Atualizado em 23/08/2012, 04:13:40
(Foto: Daniel Pinto)
Inaugurado
em 1989 pelo então governador Hélio Gueiros como uma homenagem a um dos
políticos mais notórios da história política do estado, o memorial
Magalhães Barata, o famoso “Chapéu do Barata”, amanheceu depredado
ontem. O local foi arrombado e teve uma porta de vidro quebrada. O
invasor violou a tumba do ex-governador, abriu o caixão e espalhou os
restos mortais pelo salão.
Uma equipe da guarda municipal que
fazia a ronda na praça por volta das nove horas da manhã percebeu o
arrombamento e prendeu o invasor, que foi conduzido à seccional de São
Brás onde foi autuado.
Situado ao lado de um posto móvel da
Polícia Militar, o monumento turístico foi arrombado sem que ninguém
percebesse. O Cabo Elias Flávio, que cumpria plantão no posto, afirmou
que outra guarnição trabalhava no turno em que ocorreu o ataque e por
isso não sabia informar se eles tomaram conhecimento da invasão. Ele
afirma, que a responsabilidade de proteger o prédio não é da Polícia
Militar, mas sim da Guarda Municipal. O subcomandante Daílton, chefe das
equipes de ronda da GBel, confirmou que o posto da praça foi extinto
por falta de efetivo. Mas que a responsabilidade de proteção do memorial
é da Secretaria Municipal de Coordenação Geral de Planejamento e Gestão
- Segep. “A Segep não tem responsabilidade sobre a segurança da praça,
essa é incumbência da GBel” afirmou a assessoria da Segep.
(Diário do Pará)
Parabéns pela matéria, ótimo conteúdo, irei usar com meus alunos e mostrar a matéria dessa época com os dias atuais em 2015.
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