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"Quem está distante sempre nos causa maior impressão" "Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco." "Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso." Charles Spencer Chaplin


A Rio+20 nos mostrou que os líderes políticos não estão comprometidos verdadeiramente com um planeta mais verde e limpo, assim como nós estamos. Sabíamos que nosso futuro não poderia ser decidido em 3 dias de Conferência, mas devemos cobrar ações concretas e duradouras dos nossos governantes.


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sábado, 1 de setembro de 2012

MONUMENTOS PÚBLICOS ESTÃO SENDO VÍTIMAS DE ABANDONO E SAQUE DE PEÇAS ANTIGAS


Monumentos: abandono e saque de peças antigas

Mato, lixo e descaso, incentiva o roubo de peças de bronze das praças públicas de Belém.
Embora os monumentos históricos tenham a função de imortalizar e homenagear personagens ou momentos importantes da história de um povo, além de desempenhar um papel estético e de memória, Belém vive um problema sério de descaso e de falta de manutenção. Na cidade, verdadeiras obras de artes esculpidas nos séculos XIX e XX por artistas plásticos renomados de países como Itália e França estão se perdendo em meio ao lixo, mato e na memória da população. E esse descaso com opatrimônio histórico de Belém é o próprio desconhecimento da população em relação aos monumentos.

Segundo a professora da UFPA, Cibelly Miranda, em reportagem ao jornal Diário do Pará, de 15/01/10: “As pessoas não sabem a quem são dedicadas as esculturas e, se sabem, desconhecem a importância histórica. Essa é uma marca negativa para Belém, já que a população não valoriza a própria cidade. Por aqui, falta valorização da identidade cultural e histórica”.
ABANDONO

Entre as praças mais abandonadas de Belém, a da Bandeira, está sendo vítima de atos de vandalismo e roubo de peças de bronze. São diversos os monumentos abandonados em nossas praças públicas de Belém. Na praça Barão do Rio Branco, conhecida como Largo das Mercês, no comércio, encontramos a escultura de José da Gama Malcher. A estátua foi esculpida na França e erguida em agosto de 1890. José Malcher foi Governador do Pará, mas quase ninguém conhece a sua história. Por ali, os mendigos dormem na estátua, o lixo fica acumulado e o mato está tomando conta do espaço delimitado para a obra de arte.
Apesar do trânsito frequentes de pessoas pelo local, poucos são os que olham a estátua. As pichações também estão presentes. 

O monumento à República, um dos mais importantes de Belém, localizado na Praça da República, também sofre com a falta de manutenção. Apesar de a ele ser dedicado um pouco mais de cuidado, as estátuas estão pichadas e cobertas de limo e mato. O monumento, de 20 metros de altura, foi fabricado em mármore de carrara na Itália e erguido em 1897. “O local é de referência em Belém, mas também sofre com a poluição visual. A imensa quantidade de prédios naquela área tira o destaque dos monumentos históricos teriam que ter”, explica Cybelle Miranda.

Ela diz ainda que não só os monumentos elevados caem no esquecimento, mas também os enterrados e a atual realidade dos monumentos é lamentável.

Para a professora Cybelle Miranda, se o povo não conhece a sua história, corre o risco de repetir os mesmos erros. “O próprio turismo fica prejudicado com essa situação. Nem o poder público e nem a sociedade se preocupam em manter viva a riqueza do patrimônio histórico da cidade”.

  Fonte: http://www.diariodopara.com.br/N-75227.html
com adaptações

 
Especialista aponta a falta de manutenção ao longo dos anos


A arquiteta Roseane Norat, especialista em Restauração e Preservação do Patrimônio Arquitetônico e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), ressalta que os monumentos históricos de Belém estão tão abandonados e sujos quanto a própria cidade. Isso ocorreu pelo descaso e falta de manutenção ao longo dos anos, refletindo inércia da administração municipal. Contudo, sem agregar valor cultural, incentivar visitas e proteger o patrimônio, o vandalismo piorou o aspecto dessas obras e a própria população já não se importa.

"Nos monumentos que estão em praças, só as praças recebem alguma manutenção e só paisagística. Não há uma manutenção permanente e nem cuidados especializados. Já bastaria limpar com água e sabão neutro, mas nem isso. É preciso que a população seja vigilante, tome estas obras para si e cobre do poder público", comentou a arquiteta.
Norat lembra que estes monumentos históricos são memórias da história de Belém e do Pará, tanto do passado quanto de eventos mais recentes, como o Pilar da Infâmia. Mesmo assim muitas pessoas desconhecem o que as esculturas representam, mesmo quando elas possuem informações escritas na própria obra. "A população precisa valorizar mais. As escolas deveriam fazer visitas a estas obras e explicar os fatos que representam. Estes trabalhos carregam nossas memórias e muita gente não tem ideia do que se trata", conclui.

Fonte:  http://www.orm.com.br/amazoniajornal/interna/default.asp?modulo=222&codigo=526028
Com recorte


Edição: 08/04/2011




                                                                      Praça Barão do Rio Branco
antiga Praça das Mercês
                                                                  Largo das Mercês                                                              
                                                                     
 
 Monumentos pichados e abandonados
 
 Principalmente foi Largo das Mercês, por ficar fronteiriça à Igreja das Mercês e ao Convento dos Mercedários.
Era o mais importante logradouro do bairro da Campina, no eixo da Rua dos Mercedários (João Alfredo), com a Rua Santo Antônio.
O primeiro ajardinamento do Largo terminou em 1881 totalmente cercado com grades de ferro, como era de costume no Brasil daqueles idos. O monumento erguido em homenagem a José da Gama Malcher fora inaugurado em 15 de agosto de 1890.
Também se deve a Antônio Lemos o embelezamento da praça, retirou o gradil, disfarçou o desnível entre a Rua Santo Antônio e o quadrilátero central, além de desbastar a densa arborização que impedia a visão do local.
Hoje não se vê mais nada disso, a não ser o monumento.
Praça Waldemar Henrique
antiga Praça Kennedy
 Monumentos pichados

 
 Placa de identificação retirada
 Antigamente denominada Praça Kennedy, foi totalmente reformada e inaugurada em janeiro de 1999, com o nome de Praça Waldemar Henrique, em homenagem ao maestro paraense e um dos maiores músicos brasileiros. Os 10.300 metros quadrados de área da praça lembram elementos do folclore e do imaginário amazônico, tão presentes nas obras do artista. O palco e a arquibancada simbolizam um piano; o posto de segurança é em formato de harpa e, o escorregador, um violão. Várias esculturas destacam as lendas amazônicas, como o Boto, o Uirapuru e Caipora. A praça também abriga uma concha acústica. O terminal para passageiros representa o fenômeno da paroroca.

Praça da República


Estátua retirada
Teve sua construção iniciada no século XVIII. Inicialmente era chamada de largo da Campina e depois, com a construção de um armazém para guardar pólvora, passou a chamar-se Largo da Pólvora. Nesse largo foi erguida uma forca, embora não haja
registro de execução. A área também serviu de cemitério, onde os corpos dos escravos e pobres eram sepultados em cova rasa. Durante o Império, a praça chamava-se Pedro II, em homenagem ao Imperador. Em 1878, com a inauguração do Teatro de Nossa Senhora da Paz, hoje Teatro da Paz, iniciou-se um tímido processo de urbanização. Só com a queda do Império, o espaço recebeu a denominação de Praça da República. Em 1801, o Intendente Arthur Índio do Brasil efetivou um processo mais intenso de modernização da praça, mas foi Antônio Lemos, a partir de 1897, quem realizou a verdadeira urbanização do espaço. O Intendente Virgílio de Mendonça construiu um cinema ao lado do passeio frontal, que conduz ao monumento da República. O espaço, que também foi sede da Caixa Econômica, é hoje o Teatro Waldemar Henrique. Ainda na praça está outro prédio histórico, a antiga Casa Comercial, atualmente Núcleo de Artes da Ufpa. Também foi construído na praça um obelisco em homenagem aos revolucionários de 1924 e 1930. A localização da Praça da República, bem privilegiada, permite facilmente o acesso de várias pessoas. Em datas comemorativas, como o Dia da Raça, Sete de Setembro, Círio de Nazaré e outros, a praça transforma-se em um grande palco por onde desfilam representações dos personagens mais ilustres da história de Belém, acompanhados por turistas do mundo inteiro. Nos finais de semana, a Praça da República dá lugar a uma Feirinha de Artesanato, onde há venda de produtos regionais. Em alguns domingos a Prefeitura e/ou o Governo do Estado realizam eventos culturais. São exposições, shows e apresentações de grupos regionais.

Praça do Colégio Santo Antônio

Praça Santos Dumont
antiga Praça Brasil
Brazão retirado
 
Bastante arborizada, é um bom local de lazer para os belemenses. Chamava-se, inicialmente, Praça do Índio, em homenagem aos primeiros habitantes do Brasil; possui o traçado da Bandeira Brasileira e no centro, um obelisco, tendo no alto a estátua de um índio.

Praça Batista Campos

É uma das mais tradicionais de Belém. Antiga Praça Sergipe, começou a ser urbanizada por Antônio Lemos em 1901. Sua inauguração aconteceu em 14 de fevereiro de 1904. A beleza da praça se intensifica por uma composição eclética de vários estilos arquitetônicos, árvores frondosas, plantas ornamentais, córregos, pontes, bancos, caramanchões,
Município: Belém
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pavilhão acústico e coretos – que representam o auge da arquitetura de ferro. A importância da Batista Campos, cujo nome é em homenagem a um dos principais líderes do movimento da Cabanagem, é muito grande. É um espaço freqüentado diariamente por um público diversificado e alegre; por turistas de todo o mundo que visitam a cidade. É point dos estudantes, de casais de namorados, das mamães e babás empurrando carrinhos de bebês, dos vendedores alternativos e muito mais. É um lugar de encontro para diferentes gerações, povos e culturas.

Praça D. Pedro II
Durante todo o período colonial chamou-se Largo do Palácio, em virtude da construção do Palácio do Rei, ou dos Governadores. Depois se chamou Largo da Constituição, porque ali foi palco de manifestações pela adesão do Pará a nova Constituição de Portugal. Depois se chamou Largo da Independência, quando o Pará aderiu ao Império do Brasil. E, finalmente, D. Pedro II, em homenagem ao nosso segundo imperador.
Pelo fato de situar-se às proximidades dos palácios do governo e da Prefeitura, onde funcionavam os Legislativos estaduais e municipais, além do Tribunal de Justiça e do Fórum, essa praça, em termos políticos, sempre foi a mais importante de Belém. No centro, o monumento em homenagem ao general Gurjão, inaugurado em 31 de maio de 1881. Começou urbanizado por Arthur Índio do Brasil, mas foi Antônio Lemos quem a embelezou. Refez tudo, plantou palmeiras imperiais, mangueiras, eucaliptos e outras árvores, dotou de regatos e ilhas.
Uma parte da praça, defronte do Palácio da Municipalidade, Lemos transformou em parque, denominado-o de Afonso Pena.

Praça Siqueira Campos
antiga Praça do Relógio
Ver-o-Peso 
 
Começou a ser construída em 1930, durante o governo de Eurico Vale, no terreno onde existia o prédio da Bolsa da Borracha, pelo comendador Antônio Faciola, intendente municipal. Chamava-se, nesta época, “Praça dos Aliados”, em homenagem aos povos aliados da Primeira Guerra Mundial, na qual o Brasil entrou já quase no final do conflito. Tratava-se de um quadrilátero que teria, ao centro, um grande relógio montado sobre uma elegante torre de ferro, com 12 metros de altura, com medalhões com figuras alusivas às estações do ano, mostradores iluminados à noite e uma sirene elétrica para apitar fortemente três vezes ao dia, às 6, 12 e 18 horas. A firma fornecedora do relógio era a conceituada firma inglesa “Walters MacFarlane & Cia”. Mas, segundo Clóvis Meira, o fabricante teria sido “J. W. Benson Ltda – Ludgate Will – London, 1930 – Clock – mahers to the Admiralty”, conforme placa existente em seu interior, esclarecimentos prestados pelo senhor Antônio Venturiell, o abalizado relojoeiro que deu assistência técnica ao mesmo. Em outubro do mesmo ano (1930), rebentou a revolução que vitoriosa, apeou do poder todos os governantes. Logicamente Eurico e Faciola também. A Praça foi inaugurada no dia 5 de outubro de
1931, em comemoração ao primeiro aniversário da Revolução de 30. O interventor federal era o major Magalhães Barata e o prefeito de Belém, o padre Leandro Pinheiro. E o quadrilátero, que se chamava “Praça dos Aliados”, teve seu nome mudado para “Siqueira Campos”, um dos heróis da Revolução de 30, um gesto de simpatia dos revolucionários paraenses, mas que não pegou, ficando conhecida mesmo como o nome de “Praça do Relógio”.

 

Praça da Bandeira
Placa de homenagem com busto furtada

 Abandono

Prédios abandonados
Antigo mercado do Vêr-o-Peso
  Antiga Alfândega
Casarões do Boulevard
Imagens exclusivas do autor do blog
JCSOliveira
E-mail: jcsoliveira_uema@hotmail.com
blog: http://mosqueirense.blogspot.com


Bibliografia complementar:
Informativo s/praça: http://iah.iec.pa.gov.br/iah/fulltext/georeferenciamento/belem.pdf

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