A história religiosa da Ilha de Mosqueiro
A história religiosa da Ilha de Mosqueiro começa quando a 10.10.1868, Mosqueiro é elevado à categoria de Freguesia, e, em 06.07.1895, foi fundada a Vila do Mosqueiro, através da Lei de nº 324. Pela Lei nº 753 de 26.02.1891, o Governo do Estado, José Paes de Carvalho, concedeu a Intendência Municipal de Belém, que os incorporou a seu patrimônio os termos ocupados pelo distrito da Vila de Mosqueiro.
No dia 17.12.1909 o Distrito, vê inaugurada a sua Capela do Chapéu Virado, sob a invocação do Sagrado Coração de Jesus, capela esta edificada como pagamento de uma graça alcançada pelo Sr. Guilherme Augusto de Miranda, honrado comerciante da nossa praça.
O templo erguido, inclui desde os alicerces, em munificência, em perpétua memória da graça de haver recuperado a saúde, na ilha do Mosqueiro.
A solenidade foi presidida por Dom Santiago Maia da Silva Coutinho, então arcebispo de Belém (nosso 1º Arcebispo efetivo), sendo Papa daquela época D.Pio X.
O templo erguido na Vila do Mosqueiro teve como orago Nsa.Sra. do Ó, e foi a primeira casa religiosa da região. Somente em 10.01.1914 foi edificada a atual igreja, ainda sob a mesma devoção, hoje um dos belos ornamentos arquitetônicos da aprazível Vila e onde se congrega a maior densidade populacional da ilha do Mosqueiro.
Provida de um vigário, ela congrega toda a comunidade religiosa do lugar, coadjuvada, em outros bairros por pequenas capelas, como a de Chapéu Virado e a de Carananduba.
O Padre Antonio Manoel Raiol, foi o primeiro vigário da Freguesia de Mosqueiro, assumindo no dia 23.04.1869, morrendo em 12.07.1878 aos sessenta e um anos de idade.
Desde a década de 30,a comunidade da ilha do Mosqueiro passou a vivenciar o Círio de Nsa.Sra do Ó, cujas festividades são comemoradas no segundo domingo de dezembro. O Círio de Mosqueiro é o último a ser realizado em território paraense, e encerra um período de festividades nos mesmos moldes do grande círio realizado em Belém, em louvor a N.S.de Nazaré.
Antecedendo às festividades religiosas a comunidade realizada, como há séculos, as tradicionais romarias, levando as imagens aos bairros locais para as tradicionais ladainhas nas residências dos devotos de Nsa.Sra. do Ó.
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