A gastronomia pode produzir, em notícias positivas para o Pará, o que o Estado não está conseguindo em outras áreas, especialmente política, segurança, educação...
É marcante o resultado conseguido por eventos gastronômicos que envolvem a cultura culinária paraense. Vimos ainda recentemente, no “Ver-O-Peso da Cozinha Paraense”, quantos grandes chefs, formadores de opinião – nacional e internacional –, acorreram ao convite, a começar pelo mito Alex Atala e a grande cobertura feita pelos veículos de comunicação que aqui vieram.
Um pequeno evento, realizado semana passada em São Paulo mostra que isto é verdade pura: o almoço de apresentação do Terruá Pará 2011, no restaurante “Tordesilhas” e comandado pelos chefs Mara Sales, titular da casa (especializada em comida regional brasileira) e Thiago Castanho, do paraense “Remanso do Peixe”, que você vê na foto abaixo, em ação:
O almoço reuniu jornalistas que conheceram um cardápio representando a cozinha tradicional e contemporânea que faz morada pelas ruas de Belém e no interior do Estado, como tacacá, moqueca paraense com cuscuz de farinha ovinha de Uarini, canhapira (porco com tucumã, do Marajó), paçoca de pirarucu salgado com banana da terra, acompanhada de shot de açaí, bacuri fresco com suspiro de cumaru e raspa de cacau e por aí.
A repercussão foi imediata em sítios eletrônicos especializados em gastronomia, como o da revista Prazeres da Mesa e o iG Comida. Isso mostra a receptividade ao Estado, por via deste valioso recurso cultural e natural tão apreciado em todo o mundo.
Vale muito ler, por exemplo, a jornalista Guta Chaves no iG Comida (leia, clicando aqui) a explicar sobre esta riqueza gastronômica, a falar da sua divulgação, destacando a figura do chef Paulo Martins e ainda fazer link com outras matérias recheadas de belas fotos e receitas pra lá de atraentes. Ela foi explícita: “Provar pela primeira vez o prato de origem indígena é experiência gustativa indescritível”. Antecipe o prazer com esta foto de um prato de canhapira (por Edu Cesar/Fotoarena) que ilustra a matéria:
Terruá Pará vem a ser uma corruptela franco-paraense, digamos assim. Vem de “terroir”, que significa o que há de especial e exclusivo em uma região. Aí buscaram o nosso sotaque, daquele tipo do “já me vú”, e deu o tal “terruá”, sumano.
Trata-se de um grande espetáculo de música paraense, do tradicional carimbó ao moderninho tecnobrega, passando pelo choro, MPB, Paulo André Barata, Sebastião Tapajós, Gaby Amarantos e muitas outras feras. O projeto começou em 2006. Mas foi abandonado – como muitos programas de valorização cultural do Estado. O Terruá Pará 2011 será nos dias 24 e 25 deste mês, no auditório do Ibirapuera, em SP, com transmissão ao vivo pela Rádio, TV e Portal Cultura do Pará (www.portalcultura.com.br). Para saber de tudo sobre o Terruá Pará, basta ir ao site terruárico, clicando aqui.
TERRUÁ GASTRONÔMICO
A jornalista Marta Barbosa, da Prazeres da Mesa, não se deixou seduzir por nossa corruptela, preferindo o francês terroir (leia, clicando aqui) mas gostou do que viu e provou: “Apaixonados ou curiosos pela comida paraense não podem perder essa!”, anunciou.
Pois é, este ano o Terruá vai ter uma vertente gastronômica, no próprio restaurante “Tordesilhas”. Uma ótima ideia, um reforço extraordinário para a divulgação da imagem positiva do Pará. E acrescento: por que não pensar em fazer, no próximo ano, talvez, o evento gastronômico aberto para mais gente? Tipo o Jantar Popular do “Ver-O-Peso da Cozinha Paraense”?(Para conhecer, clique aqui) Eles têm por lá algo semelhante, na estrutura, o “São Paulo Bom de Mesa”, onde o Paulo Martins teve uma vez participação. E mais: que tal desenvolver uma versão deste evento para acompanhar o Terruá? É marca fortíssima, nacionalmente, e poderia ser ainda mais alargada. Fica a dica.
Escrito por Fernando Jares às 20h03
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