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sábado, 11 de junho de 2011

Moradores de mosqueiro temem tráfego de veículos pesados na ponte

Originally Posted by dricobel


Moradores de mosqueiro temem que o tráfego de veículos com peso acima do permitido danifique estrutura

Moradores de Mosqueiro estão preocupados com a sobrecarga na ponte Sebastião R. de Oliveira, que dá acesso à ilha. Construída há 35 anos, a ponte possui 1.485 metros de extensão e registra movimento diário de carros, ônibus e veículos de carga. A sinalização na rodovia PA-391 indica que o peso máximo que um veículo pode possuir para atravessar a ponte é de 24 toneladas, mas quem transita diariamente por ali afirma que este limite é desrespeitado diariamente. O temor da população é que o sobrepeso possa provocar abalos ou até mesmo a queda da ponte. Algumas avarias visíveis, como pilares com sinais de corrosão e buracos na pista, aumentam ainda mais a preocupação de quem passa.

O professor universitário Eduardo Brandão tem residência fixa em Mosqueiro e, todos os dias, faz o trajeto de carro até a Universidade Federal do Pará (UFPA), onde trabalha. Segundo o professor, a carga dos veículos que transitam pela ponte chega a atingir dobro do limite permitido. 'Há carretas que pesam mais de 50 toneladas passando livremente, e o trânsito sistemático desses veículos pode acabar comprometendo a ponte. Já cheguei a presenciar uma cena onde mais de 20 carretas enfileiradas atravessaram de uma vez', afirma. Segundo o professor, é preciso que haja uma interdição imediata do trânsito de veículos acima de 24 toneladas na ponte. 'É preciso também que haja uma vistoria e elaboração de um laudo técnico sobre a situação da ponte. Não queremos que aconteça o pior, ou seja, que haja um abalo na estrutura', diz o professor.

Quem vive nas proximidades da ponte também se preocupa com a situação. O líder comunitário Acácio dos Santos Pinheiro mora na área há 10 anos e diz que presencia a infração todos os dias. Segundo ele, geralmente, as carretas acima do peso transportam seixo, cimento ou areia. Acácio questiona a ausência de fiscalização do peso desses veículos. 'Nunca vi ninguém ser parado para fiscalização de carga. Estamos muito preocupados e não é de hoje', revela o morador.

O vendedor de camarão Francisco Marques, que também mora na área da ponte, afirma que o trânsito de veículos pesados aumenta nas madrugadas. 'Tem caçamba de mais de 30 metros passando por essa ponte, e em alta velocidade. Acho que falta uma maior fiscalização por parte do poder público', opina.

O pescador Luís Gonçalves diz que o peso dos veículos é tão grande que, no rio, é possível sentir o tremor na estrutura da ponte. Ele teme o pior. 'Não vai demorar para essa ponte cair, e só aí o poder público vai fazer alguma coisa', reclama. O aposentado Luís Nunes Soare mora na área há mais de 40 anos - ele, inclusive, trabalhou na obra de construção, há 35 anos atrás. 'Essa ponte veio facilitar a vida de todo o mundo, mas tem que ter manutenção e fiscalização. A estrutura está sendo obrigada a sustentar um peso muito maior do que dá conta', afirma.

Vistoria descarta risco, mas aponta avarias

Segundo o secretário de Estado de Transportes, Francisco Melo (Chicão), a última reforma na ponte foi realizada em 2008. No entanto, em maio deste ano a ponte passou por uma vistoria técnica, realizada por uma empresa de engenharia contratada pelo governo. De acordo com Chicão, a vistoria não constatou nenhum dano na estrutura de fundação, nas vigas e pilares. 'Tecnicamente, pode-se afirmar que não há risco de a ponte cair', afirma o secretário. No entanto, a vistoria indicou avarias na pista da ponte e na proteção lateral da estrutura. Os serviços de reparo já se iniciaram e devem se estender ao longo do mês. 'Serão realizados serviços de recuperação do piso da ponte e da proteção lateral, que foi danificada em um acidente de carro. Também serão refeitas as juntas de borracha que ficam entre as placas de concreto', disse.

Mesmo sem risco iminente de abalo, Chicão admite que a questão da sobrecarga tem preocupado o governo do Estado. 'Este é um problema real que atinge não somente a ponte de Mosqueiro, mas outras estradas do Pará', afirma. Para solucionar o problema, o secretário informou que a Secretaria de Estado de Transportes (Setran) está em entendimento com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) para que sejam implantados mecanismos de controle de carga nas estradas. 'A Sefa já iniciou estudos sobre o assunto e vamos sugerir que a ponte de Mosqueiro seja um dos pontos incluídos, tudo para que haja um controle desta carga e a segurança de todos seja garantida', finalizou o secretário.

http://www.orm.com.br/amazoniajornal...&codigo=536879

Simples resolver isso... é só implantar balanças nas estradas... pra quem não sabe foram desativadas as balanças existentes no Estado, por isso de muitas estradas estarem em péssimas condições...

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