Local: Belém - PA
Fonte: O Liberal
Link: http://www.oliberal.com.br/index.htm
Estudo Acadêmicos da Ufra revelam que 22% da ilha já foram desmatados
A Associação Pró-Turismo da Ilha de Mosqueiro quer transformar a ilha em uma Área de Proteção Ambiental (APA). A intenção da entidade é associar preservação ambiental com o desenvolvimento do turismo, com base num estudo feito por acadêmicos do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). O levantamento, feito a partir de imagens de satélite, entre outras, aponta que 22,33% da área da ilha já está desmatada. Esses e outros pontos destacados no trabalho acadêmico serão discutidos, hoje, durante uma assembléia que será realizada com várias associações e entidades da ilha.
A situação de degradação ambiental de Mosqueiro preocupa a associação, que pretende discutir uma forma de garantir preservação ambiental e desenvolvimento de ações e políticas públicas que visem à transformação da ilha num pólo turístico. De acordo com o presidente da Associação Pró-Turismo da Ilha de Mosqueiro, Antônio Menezes, a entidade entrou em contato com os universitários da Ufra Fábio Miranda Leão, Marcos Renato e Lilian Carla Ferreira Favacho para solicitar um estudo sobre a situação ambiental da ilha.
O levantamento foi feito no ano passado com imagens de satélite que mostram a degradação ambiental da ilha em franco desenvolvimento. Segundo o estudo, os principais fatores que têm levado ao desmatamento são: extração de areia, de madeira, invasores de terra e agricultores sem terra e pastagem. O relatório final do trabalho conclui que 22,33% da ilha foram desmatados, o que equivale a 4.668 hectares de terra.
Além disso, as imagens de satélite mostram que alguns braços de rios foram assoreados, estão sem matas ciliares. O impacto ambiental tem sido grande na ilha e a associação pretende cobrar ações do Poder Público, sobretudo dos órgãos de gestão ambiental de todas as esferas de poder. 'Já tivemos um seminário, em fevereiro deste ano, com representantes da Agência Distrital de Mosqueiro, e eles ficaram de nos apresentar as ações que estão sendo desenvolvidas na área para garantir a preservação ambiental, mas ainda não obtivemos resposta', destacou o presidente da associação.
Antônio Menezes faz questão de ressaltar que a entidade não quer brigar e nem entrar em conflito com nenhum órgão. 'Não queremos brigar com ninguém. O que queremos é buscar uma solução coletiva para a situação e mobilizar a população de Mosqueiro para que participe das discussões que queremos fazer para que a ilha se torne uma APA', disse.
O estudo acadêmico faz algumas sugestões que poderão contribuir para a reversão do quadro de impacto ambiental em que se encontra, entre elas estão intensificação da fiscalização ambiental na ilha.
Segundo Antônio Menezes, após a assembléia de hoje, que será realizada no hotel Pouso dos Arirambas, na praia do São Francisco, a associação pretende reunir entidades parceiras para percorrer a ilha e conversar com os moradores sobre o projeto de transformação de Mosqueiro em APA.
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