UM PEDAÇO DA ILHA QUE VAI AO FUNDO TODOS OS DIAS
Dia 22 de Março, iremos comemorar o dia mundial da água, comemoração que teve início em 1993, por sugestão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas – ONU, e que objetiva manter o assunto em permanente evidência para reflexão sobre nossas atitudes frente às previsões que tornam este recurso cada vez mais inacessível. Aproximadamente 70% da superfície terrestre é coberta por água, o que tem levado o homem a ter uma falsa sensação de abundância desse recurso, acreditando-se que ela seja inesgotável.
Contudo, do total de água disponível, apenas 0,6% podem ser utilizados pelo homem para seu consumo após tratamento. Nem todos os municípios possuem as condições financeiras e estruturais para oferecer aos seus cidadãos água potável de qualidade e em quantidade, sobretudo aqui na Amazônia. Os poços “boca-larga” e as fossas improvisadas são a única opção de quem não dispõe dos serviços de saneamento. Dispostos no mesmo lençol freático, a conseqüência aparece nas estatísticas onde 60% das doenças notificadas em hospitais são de origem hídrica.
Março, é o que acontece o fenômeno da maré alta. Com o avanço e a força da água, em muitas praias, como a do Marahú e Ariramba, é possível observar pontos de erosão, com destruição de paredões. Em outras praias, é possível observar que a água invade a barracas e causa medo e risco aos clientes. Na praia do Paraíso, a força da água chega a rua de acesso, impedindo o trânsito de veículos, enquanto no Murubira e Porto Arthur, o muro de arrimo, recebe a força das ondas com grande intensidade, lavando a água até ao asfalto. Na Prainha do farol e praia Grande, essas marés provocam danos de grandes intensidades e, cada vez mais, o local é destruído pelo mar, que avança sobre a avenida beira-mar, principalmente às proximidades da praia do Bispo, na Vila.
O banho e a diversão também ficam prejudicados nas praias do Chapéu Virado e Farol. A força da água leva e traz restos de galhos e lixos, dificultando a diversão para os frequentadores.
A cheia deve avançar nos próximos dias, exigindo uma avaliação nas praias da ilha com definição de projetos para conter a ação das marés e da erosão, pela Agência Distrital. Obras de contensão,são necessárias, seja através da construção de muros de arrimo ou de medidas paliativas, que impeçam a destruição das orlas das praias, do contrário, a ilha vai continuar perdendo suas áreas de laser, com prejuízos para os banhistas e comerciantes, usuários desses espaços.
JCSOliveirCarlos
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